Um estudo recente publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences descobriu que besouros podem se manter hidratados mesmo sem beber água.

Em vez disso, os insetos conseguem retirar a umidade do ar através de suas regiões retais e convertê-la em líquido, que é então absorvido por seus corpos.

Esse comportamento incomum beneficia os besouros que vivem em ambientes extremamente secos e é possível graças às células únicas conhecidas como “células leptophragmata”, que agem como janelas entre os rins do besouro e seu sistema circulatório.

Esse mecanismo é particularmente benéfico em locais áridos ou em que há pouca água potável, e os besouros podem passar suas vidas inteiras sem beber água, mas apenas retirando umidade do ambiente.

O estudo examinou fezes de besouros, incluindo o besouro do grão e o besouro da farinha vermelha, e notou que a maioria delas estão completamente secas, sem nenhum traço de água.

Eles descobriram uma mutação no gene NHA1, que permite aos besouros absorverem umidade pelo traseiro, e em especial a partir da célula leptophragmata. Essa célula regula os rins para secretar sais, que permitem que o besouro extraia a água do ar para hidratar seu corpo.

O comportamento incomum é por causa das regiões retais desses insetos, que funcionam como adaptadores para garantir que eles possam prosperar em ambientes difíceis.

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