Cila é um dos monstros marinhos: ninfa ou, ainda, talvez uma princesa que foi transformada pela feiticeira Circe num monstro horrendo, diz-se em forma de rochedo com serpentes e cachorros saindo de seu corpo. Circe estava com inveja de Cila, já que Galuco estava apaixonado pela ninfa.

Glauco era um pescador que se apaixonou por Cila ao ver a ninfa tão bela. Sem conseguir conquistar Cila, cortejada por muitos pela sua incrível beleza, Glauco foi pedir ajuda à feiticeira Circe para conquistar Cila. Entretanto, Circe apaixonou-se por Glauco.

Quando Glauco recusou o amor de Circe, ela, então, resolveu enfeitiçar Cila, tirando sua beleza e transformando-a num monstro marinho: ela criou uma poção e entregou a Glauco para que ele pudesse derramar na baía onde a ninfa Cila se banhava.

Achando se tratar de uma poção de amor, que enfeitiçaria Cila para que ela se jogasse em seus braços, Glauco derramou o conteúdo do frasco que Circe lhe entregou e, instantes depois, viu crescer monstros do tronco de sua amada. Cila tentou se consolar com Glauco, mas o amor que ele tinha por ela não resistiu à sua transformação.

Cila, assim, abandonada, magoada e não mais cortejada, foi viver em Messina, próxima à Caríbidis. Ela capturava os marinheiros e, assim, era um dos maiores temores do mar.

Ela vivia do outro lado do estreito de Messina e, associada a Caríbdis, representavam os perigos de se navegar perto das rochas e dos redemoinhos: Cila capturava os navegantes com seu corpo monstruoso e Caríbidis, o monstro que tudo devorava, engolia navios inteiros.

Como Cila e Caríbdis representavam juntas o quão perigoso poderia ser navegar, sempre aparecem juntas nos mitos. A expressão “estar entre Cila e Caríbdis”, por exemplo, expressa estar num dilema, entre dois perigos, análoga à expressão “entre a cruz e a espada”. Pela sua localização e pela sua fúria, Cila sempre será associada a um grande perigo do mar.

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