Por anos, cientistas têm procurado por sinais de atividade vulcânica na superfície de Vênus, um planeta quase do mesmo tamanho, massa e densidade da Terra.

Mas apesar de décadas de busca, não haviam sinais claros de erupções vulcânicas até agora. Um novo estudo do geofísico Robert Herrick, da Universidade do Alasca, finalmente capturou um dos vulcões do planeta em atividade.

O estudo, apresentado na Lunar & Planetary Science Conference em Houston e publicado na revista Science, mostrou que mais de 80% da superfície de Vênus é coberta por fluxos de lava.

No entanto, o estudo também revelou algo novo: a descoberta de uma cratera vulcânica que mudou de tamanho e profundidade entre outubro de 1991 e fevereiro de 1992. Os pesquisadores acreditam que isso só poderia ser explicado por uma erupção vulcânica.

O estudo foi baseado em imagens de radar da sonda Magellan da NASA, que orbitou Vênus de agosto de 1990 a outubro de 1994.

Essas imagens mostraram que os fluxos de lava em Vênus eram tão jovens que os minerais ainda não tinham sido alterados pela reação com a atmosfera ácida do planeta.

Os resultados deste estudo são animadores para futuras missões espaciais, como a Veritas da NASA e a EnVision da ESA, que foram aprovadas em 2021 e terão radares de imagem ainda melhores que a Magellan.

Com essas novas missões, teremos a oportunidade de explorar mais a superfície de Vênus e descobrir mais sobre os mistérios deste planeta.

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