A descoberta acidental destaca o quanto ainda resta aprender sobre o funcionamento do corpo humano.

O novo órgão, que foi batizado de interstício, foi descoberto por acaso por pesquisadores que vinham realizando endoscopias de rotina – um procedimento que envolve o envio de uma pequena câmera na garganta do paciente para examinar o trato digestivo.

Depois de examinar os dutos biliares de vários pacientes usando um novo procedimento de endoscopia a laser, os cientistas descobriram uma rede estranha de tecido cheio de líquido.

Outros testes revelaram que o interstício pode ser encontrado em todo o corpo.

A razão pela qual não foi notado antes é porque quando as amostras de tecido são normalmente coletadas, os bolsos cheios de fluido colapsam, criando a ilusão de tecido completamente sólido.

Os cientistas acreditam que o interstício age como um amortecedor para os nossos órgãos internos e também serve como uma via interna para transportar células – especialmente células brancas do sangue – ao redor do corpo.

“Esse artefato de fixação fez com que um tipo de tecido preenchido com fluido em todo o corpo parecesse sólido em lâminas de biópsia por décadas, e nossos resultados expandem a anatomia da maioria dos tecidos”, disse o coautor Neil Theise, de Nova York. Departamento de Patologia da Universidade.

“Esta descoberta tem potencial para impulsionar avanços dramáticos na medicina, incluindo a possibilidade de que a amostragem direta do fluido intersticial possa se tornar uma poderosa ferramenta de diagnóstico.”

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