O avanço poderia eventualmente tornar possível que casais humanos do mesmo sexo tivessem seus próprios filhos.

Enquanto os ratos com pais do mesmo sexo já nasceram antes, os esforços anteriores só foram capazes de produzir animais com defeitos graves que não viveram muito tempo.

Desta vez, porém, os filhos não eram apenas saudáveis, mas eram capazes de ter seus próprios filhos.

A pesquisa, conduzida por Wei Li e seus colegas da Academia Chinesa de Ciências, procurou responder à longa pergunta de por que os mamíferos necessitam de contribuições genéticas iguais tanto da mãe quanto do pai para criar uma prole viável.

Algumas outras espécies, como os tubarões-martelo e os dragões de komodo, podem se reproduzir sem exigir qualquer contribuição genética de um pai.

Nos mamíferos, o obstáculo mais significativo para a reprodução do mesmo sexo está no que é conhecido como “imprinting” – um fenômeno em que apenas um certo número de genes da mãe e um certo número de genes do pai são acionados.

Para superar isso, os cientistas usaram a edição do gene CRISPR para tornar parte do material genético dos dois pais femininos mais “masculinos” em termos de seu padrão de impressão.

“Os autores deram um passo extremamente importante na compreensão de por que os mamíferos só podem se reproduzir sexualmente”, disse Christophe Galichet, do The Francis Crick Institute, em Londres.

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