A bomba nuclear de ‘Little Boy’ lançada em Hiroshima em 1945 acabou com a vida de dezenas de milhares de civis.

Em um novo estudo, os cientistas analisaram o maxilar de um indivíduo que teve a infelicidade de estar a menos de um quilômetro do hipocentro da bomba em 6 de agosto de 1945.

É a primeira vez que os ossos das vítimas são usados ​​para medir a quantidade de radiação absorvida durante o ataque. Estudos anteriores haviam se concentrado em outros aspectos dos efeitos da bomba.

Os investigadores revelaram que o maxilar absorveu um total de 9,46 cinzas (energia de radiação por quilograma de matéria) – quase o dobro da dose letal.

“Cerca de metade dessa dose, ou 5 Gy, é fatal se todo o corpo estiver exposto a ela”, disse o líder do estudo, professor Oswaldo Baffa, da Universidade de São Paulo.

A descoberta foi feita usando uma técnica conhecida como espectroscopia de ressonância de spin eletrônico.

“Atualmente, há um interesse renovado neste tipo de metodologia devido ao risco de ataques terroristas em países como os Estados Unidos”, disse Baffa.

“Imagine alguém em Nova York plantando uma bomba comum com uma pequena quantidade de material radioativo preso ao explosivo. Técnicas como essa podem ajudar a identificar quem foi exposto a precipitação radioativa e precisa de tratamento.”

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