A sonda de longa duração entrou em modo de proteção contra falhas na semana passada, depois de consumir inesperadamente muita energia.
Atualmente situada a 17,5 bilhões de milhas da Terra, a Voyager 2 está agora tão distante que diagnosticar e reparar remotamente qualquer falha tornou-se um grande desafio.
Sempre que um comando é emitido, são necessárias 34 horas para os engenheiros receberem uma resposta.
Essa foi a realidade enfrentada recentemente pela NASA quando a sonda entrou no modo de proteção contra falhas, depois de inadvertidamente consumir muita energia devido a dois grandes sistemas em execução ao mesmo tempo.
A sonda é alimentada por geradores termoelétricos de radioisótopos, que estão lentamente se esgotando nas últimas décadas. Se a energia cair muito baixo, a sonda não terá o suficiente para manter seus sistemas vitais funcionando, resultando em congelamento e quebra de linhas vitais de combustível.
Se isso acontecesse, não seria mais possível se comunicar e a missão terminaria.
Felizmente, neste caso, porém, os engenheiros da NASA conseguiram desligar com sucesso o sistema que estava consumindo muita energia e os instrumentos científicos da sonda foram reativados.
Lançadas em 1977, a Voyager 1 e a Voyager 2 viajaram mais longe da Terra do que qualquer outro objeto feito pelo homem na história e permanecem totalmente operacionais, apesar de 40 anos viajando pelo espaço.
Sua missão original de visitar os quatro gigantes do gás foi possível graças a uma rara configuração planetária que acontece apenas uma vez a cada 175 anos – uma oportunidade que a NASA não podia perder.
O fato de ambas as sondas continuarem por tanto tempo não é nada senão notável.