Várias pesquisas nos últimos anos, incluindo Ipsos, YouGov e, mais recentemente, Savanta, em nome do Kings College Policy Institute e da BBC, examinaram os tipos de crenças conspiratórias que as pessoas têm. Os resultados levaram a muita preocupação e discussão.
Um dos aspectos reveladores dessas pesquisas é a ampla crença de que as teorias conspiratórias aparentemente estão em ascensão, graças à internet e às mídias sociais. Mas será que isso é verdade e o quão preocupados devemos realmente estar com as teorias conspiratórias?
As pesquisas variam consideravelmente na forma como as afirmações são apresentadas, mas podemos considerar a mesma questão de outra maneira. Cada pesquisa também apresenta um fenômeno psicológico comum chamado de “framing”, que pode influenciar como chegamos a conclusões.
O que isso nos diz é que precisamos ser cuidadosos sobre como rapidamente chegamos ao pânico. E, acima de tudo, devemos pensar profundamente sobre por que as pessoas acreditam em uma determinada teoria conspiratória antes de descartá-las como loucas, e se, na verdade, é uma conspiração, ou apenas ceticismo, ou uma crença válida.
Os resultados das pesquisas variam muito na forma como as afirmações são apresentadas, mas os índices de concordância não mudaram fundamentalmente ao longo do tempo, exceto no caso das mudanças climáticas, em que as opiniões de que é uma farsa, na verdade, diminuíram.