A Literatura no Brasil tem seu desenvolvimento relacionado com o da literatura em língua portuguesa em geral, de origem em Portugal, sendo que em sua gênese sofreu grandes influências de Portugal em função do contexto histórico, tendo conseguido posteriormente seguir o seu próprio rumo em busca de uma identidade literária específica nacional.

Podemos situar a origem da Literatura no Brasil com a missão dos jesuítas no Brasil que vieram depois da conquista portuguesa para o país com o objetivo de catequizar os povos nativos, ainda no século XVI.

O desenvolvimento da Literatura no Brasil está intimamente relacionado com o próprio desenvolvimento histórico do Brasil. Enquanto o Brasil era uma colônia passiva em relação a Portugal a literatura desenvolvida no país era uma literatura sem identidade. Com a busca de uma maior autonomia política de Portugal a literatura também buscava romper com a sua ligação intrínseca com a metrópole, na busca da valorização de aspectos tipicamente nacionais.

Convencionou-se chamar de Quinhentismo a literatura produzida no Brasil na época do seu descobrimento, tendo como primeiro registro escrito a carta de Pero Vaz de Caminha. No Quinhentismo encontramos claras semelhanças com o Classicismo português, que buscava, assim como os demais adventos do Renascimento, a busca por valores e referências da antiguidade greco-romana.

Após o Quinhentismo um movimento literário que encontrou no Brasil seu espaço foi o Barroco, ainda que não possamos falar, de fato, de um movimento Barroco no Brasil e sim de escritores que residiam no Brasil e que copiaram o estilo em sua produção, tendo como referência principalmente os escritores barrocos espanhóis e portugueses. Deste período os principais autores são o Gregório de Matos e sua obra poética e Padre Antônio Vieira com seus sermões religiosos.

Foi a partir do Romantismo que a literatura brasileira desenvolveu esboços de uma identidade própria e de um movimento literário de fato, com uma discussão na literatura sobre questões e valores nacionais em suas obras. José de Alencar é o maior nome do Romantismo no Brasil, tendo produzido uma literatura de temática indianista.

No Realismo a literatura brasileira atingiu um novo patamar, com as obras de Machado de Assis, repletas de características puramente nacionais, em suas contradições notórias.

Na Semana de Arte Moderna de 22 a literatura nacional atingiu um importante pico de busca pela sua identidade, com a publicação do manifesto antropofágico como guia de uma literatura modernista nacional, de Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida.

A partir de então surgiram diversos escritores, dentro de diferentes pensamentos e expressões literárias, que marcariam profundamente a literatura nacional com uma identidade mais clara.

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