A “síndrome de Havana” tem deixado muitos perplexos desde que os funcionários da embaixada dos EUA em Cuba começaram a apresentar uma série de sintomas, incluindo dores de cabeça, perda de audição, fadiga e dificuldade de concentração depois de ouvir um som estranho. Mas o que realmente está causando essa síndrome?

Especialistas em armas sonoras e de radiação de microondas sugeriram várias possibilidades, mas um professor emérito de neurologia na Universidade da Califórnia, Los Angeles, acredita que a explicação é mais simples: é uma doença psicogênica em massa, ou seja, uma doença que se espalha a partir da crença em uma causa que não existe na realidade.

O fenômeno conhecido como “síndrome de Havana” começou em 2017 e se espalhou para outras embaixadas norte-americanas em todo o mundo. Apesar da investigação de anos e especulações sobre armas misteriosas, até agora não foi encontrada nenhuma evidência concreta para os ataques.

Mas o professor de neurologia Robert Baloh sugere que a explicação é mais simples do que se pensava. Ele acredita que os sintomas são consistentes com a síndrome psicogênica, e que a crença em um som ou causa misteriosos pode levar a sintomas reais, embora psicossomáticos, semelhantes aos relatados pelos diplomatas.

Embora possa parecer estranha para alguns, a síndrome psicogênica em massa é uma condição bem documentada e relativamente comum. Acredita-se que ela ocorra quando um indivíduo que está estressado ou ansioso atribui seus sintomas a uma causa externa específica, que em seguida se espalha para outras pessoas em um grupo.

Às vezes, há uma causa real subjacente que provoca ansiedade e isso resulta em uma doença psicossomática coletiva. A doença psicogênica em massa pode ser difícil de diagnosticar e tratar, mas, ao contrário de uma arma secreta, é uma explicação que já foi documentada e pode resolver o mistério da “síndrome de Havana”.

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