O Trovadorismo é conhecido por ser o primeiro movimento literário que ocorreu em língua portuguesa, em Portugal. O desenvolvimento do Trovadorismo está relacionado a constituição de Portugal como um estado nacional, o que ocorreu no século XII, ainda que de fato o movimento tenha se originado na Occitânia.

O trovadorismo possui diferentes manifestações que são usualmente divididas em tipos de cantiga. Entre as Cantigas Lírico-Amorosas estão as Cantigas de Amor, as Cantigas de Amigo, entre as cantigas Satíricas estão as Cantigas de Escárnio e as Cantigas de Maldizer.

As Cantigas de Amor são poesias escritas do trovador se dirigindo à mulher que ama, sendo esta uma figura idealizada e distante. O poeta sempre se coloca ao serviço desta que é sua senhora, uma dama pertencente à corte e por isso o amor é impossível. Estas cantigas normalmente cantam sobre as dores de um amor não correspondido.

Cantiga de Amigo são as cantigas que tiveram sua origem em meio ao povo, com marcas de oralidade, repetição e recursos musicais em sua composição. O eu-lírico destas cantigas é sempre uma mulher que canta o seu amor por um homem, ainda que sejam cantadas por homens. O comum é que seja sobre um amor que partiu, mas um amor possível, natural e espontâneo com pouca subjetividade e Deus como tema frequente.

Cantiga de Escárnio é quando o autor faz uma sátira a alguém, com o uso de diversos duplo sentidos e mais indireta, utilizando-se de jogos de palavras para fazer o escárnio. O processo de utilizar os jogos de palavra para fazer piada de alguém nesta época era chamada de equívoco. Alto grau de comicidade, utilizando para isso recursos retóricos.

A Cantiga de Maldizer se diferencia da cantiga de escárnio porque não utiliza de duplos sentidos, ela fiz diretamente o que quer falar de mal da pessoa em questão. Utiliza para isso a agressão verbal, com o uso inclusive de palavras de baixo calão, podendo ser dito ou não o nome da pessoa que está sendo ofendida na cantiga.

Entre os trovadores com mais obras registradas até o dia de hoje estão: Martim Codax, Aires Nunes, Bernardo Bonaval e Dom Dinis I de Portugal.

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