Desde a antiguidade, a região conhecida como Palestina tem sido palco de disputas e tensões entre diferentes grupos étnicos e religiosos. No entanto, para entendermos como o conflito entre Israel e a Faixa de Gaza se originou, é necessário voltar ao final do século XIX.

Nessa época, a região era controlada pelo Império Otomano, mas começou a atrair crescente interesse de judeus sionistas e árabes nacionalistas. O movimento sionista, liderado por Theodor Herzl, buscava estabelecer um Estado judaico na Palestina, com o objetivo de oferecer um lugar seguro para os judeus diante das perseguições que enfrentavam.

Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi desmembrado e a Liga das Nações deu à Grã-Bretanha um mandato para administrar a região da Palestina. Sob o controle britânico, cresceu tanto o número de imigrantes judeus como o de manifestações árabes contrárias à presença judaica na região.

Em 1947, a ONU apresentou um plano de partilha da Palestina, que visava criar dois Estados independentes: um judeu e um árabe. No entanto, os árabes rejeitaram a proposta, alegando que ela favorecia os interesses sionistas.

Em maio de 1948, o Estado de Israel foi estabelecido, logo após o fim do mandato britânico. Essa declaração de independência foi seguida por uma guerra, na qual Israel enfrentou vários países árabes que contestavam sua existência.

Após a guerra, a Faixa de Gaza, juntamente com a Cisjordânia, ficou sob controle do Egito e da Jordânia, respectivamente. Somente após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, é que Israel conquistou esses territórios, incluindo a Faixa de Gaza.

Nos anos seguintes, as tensões entre Israel e a população palestina na Faixa de Gaza se intensificaram. Em 2005, Israel realizou a retirada unilateral de seus assentamentos e militares da região, mas desde então mantém um bloqueio, controlando o acesso terrestre, marítimo e aéreo, como medida de segurança.

Esse bloqueio, aliado à falta de perspectiva econômica e social, promoveu a ascensão do grupo político-militar Hamas como força dominante na Faixa de Gaza. Desde então, Israel e o Hamas têm se envolvido em vários confrontos militares, destacando-se os conflitos ocorridos em 2008, 2012, 2014 e recentemente em maio de 2021.

O conflito entre Israel e a Faixa de Gaza é um assunto complexo e delicado, que envolve questões políticas, históricas, religiosas e humanitárias. A busca por uma solução pacífica e duradoura continua sendo um desafio, e a comunidade internacional desempenha um papel fundamental para amenizar as tensões e promover o diálogo entre as partes envolvidas.

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