Uma nova pesquisa revelou que descobertas anteriores sobre a ancestralidade do Homem do Gelo estavam equivocadas. Encontrado em 1991 nos Alpes de Tirol, entre a Áustria e a Itália, o Homem do Gelo, conhecido como Ötzi, é a múmia natural mais antiga da Europa.

Acredita-se que Ötzi tinha cerca de 45 anos quando morreu, vítima de uma combinação letal de ferimentos, incluindo uma flecha no ombro e um golpe na cabeça. Também se acredita que ele tenha participado de um ataque a uma tribo rival.

Em 2012, um estudo genético dos restos mortais sugeriu que Ötzi tinha ancestrais provenientes da estepe do Cáspio. No entanto, como o Homem do Gelo tem cerca de 5.300 anos, essa hipótese foi descartada.

Agora, uma nova pesquisa põe fim a essa ideia de vez, revelando que cerca de 90% da ancestralidade de Ötzi vem de agricultores neolíticos, um dado incomum em si. Além disso, acredita-se que ele tinha pele escura e sofria de calvície masculina.

“As pessoas que viveram na Europa entre 40.000 anos atrás e 8.000 anos atrás eram tão escuras quanto as pessoas na África, o que faz muito sentido, porque é de lá que os seres humanos vieram”, afirmou Johannes Krause, arqueogeneticista do Instituto Max Planck para Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha.

“Sempre imaginamos que os europeus se tornaram de pele clara muito mais rapidamente. Mas agora parece que isso aconteceu realmente tarde na história humana.” Essas novas descobertas estão desafiando conceitos prévios sobre a evolução e a migração humana na Europa.

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