Um microorganismo foi descoberto nos lagos das Ilhas Rauer, ao largo da costa da Antártida.
Em comparação com outras formas de vida, os vírus são bastante incomuns. Em vez de ser composto de células, a maioria dos vírus consistem apenas em um material genético envolvido dentro de uma concha protetora.
Quando um vírus entra em uma célula viva, ele começa a se replicar, muitas vezes em detrimento do hospedeiro.
Exatamente onde os vírus se originaram, no entanto, há muito permaneceu um tema de debate entre cientistas. Eles são uma forma de vida antiga e mais simples, ou eles evoluíram mais tarde quando as células começaram a aparecer?
Agora, uma equipe de cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul na Austrália encontrou um tipo único de microorganismo na Antártida que eles acreditam que poderia conter a resposta.
Conhecido como Halorubrum lacusprofundi R1S1, a descoberta peculiar é um tipo de organismo unicelular chamado um archaean que, apesar de se assemelhar a uma bactéria, é realmente algo muito diferente.
Quando analisaram esse microorganismo, os cientistas descobriram um pequeno fragmento de DNA conhecido como plasmídeo. Para sua surpresa, este plasmídeo particular (pR1SE) se comportou da mesma forma que um vírus, sugerindo que, na verdade, poderia ser a forma de vida a partir da qual os vírus desenvolveram originalmente.
O achado parece se alinhar com o que é conhecido como a “hipótese de escape” da origem do vírus, o que sugere que os genes “escaparam” das células e se tornaram vírus.
“Tradicionalmente, a hipótese de escape foi associada à ideia de que os vírus são recentes”, disse o biólogo Patrick Forterre. “Agora, a hipótese da escape deve ser vista em um contexto mais amplo”.