Nova pesquisa mostrou que o solo marciano é um ambiente bastante inóspito para a vida microbiana.
Embora a evidência que sugira que a vida tenha existido uma vez em Marte em seu passado distante continua a ser promissora, o mesmo não pode ser dito sobre as chances de encontrar micróbios lá hoje.
Em um estudo recente, cientistas que exploram os efeitos dos percloratos no Planeta Vermelho descobriram que esses produtos químicos comuns, que podem ser encontrados em todo Marte, podem realmente tornar o planeta significativamente mais tóxico para a vida do que se havia percebido anteriormente.
Em uma série de experiências, os pesquisadores expuseram bactérias da Terra aos mesmos níveis de percloratos e raios ultravioleta que qualquer coisa que tentasse sobreviver na superfície de Marte.
Os resultados indicaram que as bactérias foram eliminadas duas vezes mais rapidamente com os percloratos presentes.
Para piorar as coisas, a adição de outros componentes do solo marciano, como óxido de ferro e peróxido de hidrogênio, resultou em bactérias mortas em até 11 vezes mais rápido do que com os percloratos sozinhos.
“Estes dados mostram que os efeitos combinados de pelo menos três componentes da superfície marciana, ativados pela fotoquímica superficial, tornam a superfície atual mais inabitável do que se pensava anteriormente”, escreveram os pesquisadores.
Do lado positivo, pelo menos o risco de contaminar Marte com bactérias da Terra também é muito menor.