Laudelina de Campos Melo (12 de outubro de 1904 – 12 de maio de 1991) foi uma ativista afro-brasileira e trabalhadora comunitária.
Trabalhadora doméstica durante a maior parte de sua vida, ela reconheceu desde cedo a discriminação e a subvalorização das mulheres trabalhadoras.
Ao longo de sua vida, ela se esforçou para mudar a percepção pública e a política em relação às trabalhadoras domésticas e teve sucesso no estabelecimento de organizações para as trabalhadoras domésticas fazerem lobby para serem reconhecidas como uma classe de trabalhadores com direitos trabalhistas.
Sua mãe era empregada doméstica e seu pai trabalhava como lenhador.
Ambos os pais nasceram de escravos, mas de acordo com os termos da Lei do Rio Branco, que foi aprovada em 1871, eles tiveram sua liberdade concedida ao nascer, embora seus pais continuassem em cativeiro.
Aos 12 anos, quando seu pai morreu em um acidente com o abate de uma árvore, Melo deixou a escola para cuidar de seus cinco irmãos mais novos para que sua mãe pudesse trabalhar em tempo integral em um hotel.
Interessada em melhorar sua comunidade, desde adolescente Melo trabalhou em várias organizações culturais negras.
Em 1920, foi eleita presidente de um grupo cultural, o Clube 13 de Maio, voltado para o ativismo político e atividades recreativas.
Ainda na adolescência, ela começou a trabalhar como doméstica para Julia Kubitschek.
O filho de Kubitschek Juscelino iria se tornar presidente do Brasil em meados dos anos 1950 e Melo viveu e trabalhou na casa mesmo depois que se mudou para São Paulo.