Um novo estudo controverso sugeriu que essa forma hipotética de energia pode não existir realmente.
Pensado para ser responsável pela aceleração contínua da expansão do universo, a energia escura é um elemento básico da astrofísica há anos, apesar de nunca ter sido diretamente detectada ou observada.
Evidências de energia escura foram encontradas medindo o modo como a luz de certos tipos de supernovas muda à medida que esses objetos se afastam de nós devido à expansão do universo.
Agora, porém, uma equipe de pesquisadores da Universidade Yonsei, em Seul, acredita que eles lançaram uma dúvida razoável sobre a idéia de que os dados da supernova suportam a existência de energia escura.
“Citando Carl Sagan, alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias, mas não tenho certeza de que temos evidências extraordinárias para energia escura”, disse o líder do estudo, Prof. Young-Wook Lee.
“Nosso resultado ilustra que a energia escura da cosmologia SN, que levou ao Prêmio Nobel de Física de 2011, pode ser um artefato de uma suposição frágil e falsa”.
A chave para suas descobertas foi descobrir que as supernovas nas galáxias mais jovens pareciam ser mais fracas que as das galáxias mais antigas – um fato que, se verdadeiro, pareceria contradizer suposições anteriores de que a luminosidade da supernova não evolui ao longo do tempo cósmico.
Isso, por sua vez, põe em questão as descobertas anteriores sobre a energia escura e a expansão do cosmos.
Porém, nem todos estão convencidos de que essas novas descobertas são precisas e também existem outras evidências que sustentam a existência de energia escura fora da medição de supernovas.
De uma forma ou de outra, é provável que o novo estudo gere algum debate animado nas próximas semanas.