O Convento de Cristo, originalmente chamado de Convento de Tomar,foi em sua origem concebido como um monumento simbólico da Reconquista, tornou-se, a partir do período manuelino, um símbolo inverso: o da abertura de Portugal às civilizações externas.

Durante a segunda metade do século XII, os Cavaleiros Templários foram chamados para Portugal, onde foram de grande utilidade na Reconquista. Sua fortaleza primeira e principal era Tomar. Quando, no século XIV, a Ordem dos Cavaleiros Templários foi abolida e substituída pelos Cavaleiros da Ordem de Cristo, Tomar não perdeu a sua importância. Mudanças e melhorias sucessivas tornaram um dos monumentos mais prestigiados de Portugal.

A igreja original, construída no final do século XII pelo primeiro grande mestre dos Templários, Gualdim Pais, foi baseado em uma planta poligonal, de 16 baías incluindo um coro octogonal com ambulatório: esta é uma dos típicas “rotondas” de arquitectura dos Templários, sendo que são muito poucos os exemplos que persistem na Europa.

Claustros foram adicionados em diferentes períodos: o do cemitério, construído ao noroeste da rotunda por volta de 1430 pelo Infante Don Henrique, empregas arcos pontiagudos de um elegante estilo gótico.

A influência manuelina foi, como em outros lugares, decisiva e convincente: foi sob o reinado de Manuel de Arruda que Diego foi contratado para criar o coro enorme baseado em uma planta quadrada com uma tribuna elevada acima do capitólio. As elevações dos dois andares estão marcados no exterior por duas baías de renome, uma janela e um óculo, cuja prodigiosa decoração combina com facilidade espantosa o estilo gótico e influências mouras, oferecendo a expressão de mais qualidade do estilo manuelino que podemos encontrar na história.

Claustros e outros edifícios monásticos novos foram construídos sobo reinado de João III, por João de Castilho que em Tomar, como em Belém, não foram insensíveis à influência italiana. A evolução terminou na segunda metade do século.

No claustro do ‘Philips’, o claustro principal, modificado por Diego de Torralva, e terminou por F. Terzi: as fachadas são fixados em ritmo por uma magnífica ordem paladina de dois andares de colunas coríntias e toscanas.

O nome pelo qual o Convento é conhecido atualmente está relacionado com o fato histórico da dissolução da ordem dos templários que em grande parte foi absorvida em sua essência pela ordem dos cavaleiros de Cristo que acabaram por se tornarem os responsáveis pelo cuidado com o local.

A igreja do Convento

Em função de sua importância histórica, por ser um local que conta a história de um povo em um determinado período histórico e pela sua arquitetura única, uma das melhores vitrines do período manuelino e por sua importância cultural é que o Convento de Cristo foi reconhecido pela UNESCO como um dos patrimônios históricos da humanidade, devendo ser preservado como tal.

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