Um crescente corpo de evidências aponta para uma explicação mais complexa para o abandono do sítio histórico.

Originalmente construído como um templo hindu para o Império Khmer, há mais de 800 anos, Angkor Wat continua a ser o maior monumento religioso do mundo. 

Construído sob o governo do rei Suryavarman II, a estrutura é tão famosa que até aparece na bandeira do Camboja e é visitada por mais de dois milhões de pessoas de todo o mundo a cada ano. 

A história tradicional do declínio e eventual abandono de Angkor Wat aponta para o colapso da civilização de Angkor em 1431, quando sua capital foi saqueada pelo reino tailandês de Ayutthaya. 

Em anos mais recentes, no entanto, os historiadores conseguiram reunir um relato mais detalhado do que aconteceu, revelando o colapso de Angkor como mais uma transformação do que uma morte completa.

Os fatores que contribuíram para o seu abandono incluíram uma mudança religiosa em direção ao budismo Theravada, uma mudança de ênfase dos templos de pedra patrocinados pelo Estado para os pagodes budistas de base comunitária, uma série de longas secas e a re-localização da capital mais ao sul. 

“Descrever o declínio de Angkor como um colapso é um equívoco”, escreve a professora Alison Kyra Carter, da Universidade de Oregon. “Estudos arqueológicos em andamento estão mostrando que o povo angkoriano estava se reorganizando e se adaptando a uma variedade de condições turbulentas e mutáveis.”

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