Você sabia que a Microsoft já tentou criar uma interface de computador que parecia uma casa? Pois é, na década de 1990, a empresa lançou o Microsoft Bob, que tinha um logo com um rosto amarelo sorridente com os óculos de Bill Gates.

Nele, todas as suas aplicações eram espalhadas pela sala, com um cachorro animado para ajudá-lo. Apesar de ter sido um dos maiores fracassos da empresa, a influência do Microsoft Bob ainda é sentida nos dias de hoje.

Outra criação que não foi muito bem recebida foi o Microsoft Office Assistant, que tinha a intenção de ser um sistema inteligente de ajuda interativa, que detectava qual tipo de documento você queria fazer e ajudava a formatá-lo corretamente.

Para isso, a Microsoft usou os personagens animados do Microsoft Bob, mas ao invés de um cachorro falante, optou por um clipe de papel. O resultado foi um personagem bonitinho, mas assustador, que aterrorizou os trabalhadores de escritório em todo o mundo.

Clippy foi tão detestado que a Microsoft chegou a fazer um vídeo matando-o, para alegria de todos que já tiveram que lidar com ele.

Outra curiosidade: o designer gráfico Vincent Connare criou a fonte Comic Sans durante o desenvolvimento do Microsoft Bob. Ele notou que os balões de fala dos personagens animados usavam a fonte Times New Roman, mas não havia muitas opções de fontes disponíveis no Windows na época.

Então, Connare criou uma nova fonte que se assemelhava à escrita à mão usada em quadrinhos. Infelizmente, a fonte Comic Sans não ficou pronta a tempo para o lançamento do Microsoft Bob 1.0, mas a Microsoft a adicionou ao Windows em antecipação a futuras versões do software.

Logo, a fonte foi adotada pelos trabalhadores de escritório em busca de uma equivalência digital da escrita à mão, e em poucos anos, se tornou a fonte mais odiada do mundo.

Apesar de ser lembrado por seus fracassos, o Microsoft Bob também foi a causa do maior sucesso pessoal de Bill Gates. Foi durante o desenvolvimento do programa que ele conheceu Melinda French, que se tornou sua esposa.

Hoje em dia, eles controlam a maior fundação privada do mundo, a Bill and Melinda Gates Foundation, que doa mais de 1,5 bilhão de dólares por ano para projetos como a eliminação da malária, o fomento ao desenvolvimento internacional e o apoio a bibliotecas e educação.

Ou seja, mesmo com todos os seus problemas, o Microsoft Bob deixou um legado duradouro e positivo.

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