O quanto profundamente os peixes conseguem sobreviver no fundo do oceano é uma questão que tem intrigado cientistas há anos.

Há uma década, o cientista de águas profundas Prof. Alan Jamieson, da Universidade de Western Australia, previu que o limite em que os peixes poderiam sobreviver nas profundezas do oceano era de cerca de 8.200 a 8.400 metros abaixo da superfície.

Desde então, diversos estudos têm confirmado que essa é de fato a faixa limite.

Anteriormente, a observação mais profunda de um peixe havia sido feita a cerca de 8.178 metros, mas agora esse recorde foi quebrado de forma espetacular depois que cientistas, filmando a partir de um veículo subaquático autônomo lançado na Fossa Izu-Ogasawara, conseguiram filmar vários peixes a uma profundidade de 8.336 metros.

Os animais, que vieram se alimentar de iscas presas ao equipamento, são considerados um tipo de peixe-lagarto.

Dado que essa observação supera o recorde anterior em impressionantes 158 metros, é improvável que seja possível para os peixes sobreviverem a profundidades ainda maiores do que esta.

“Se este recorde for quebrado, será apenas por incrementos mínimos, potencialmente apenas alguns metros”, disse o Prof. Jamieson à BBC News.

Essa descoberta não apenas ajuda a empurrar os limites do que se sabe sobre a vida no fundo do oceano, mas também poderá ter implicações significativas para a conservação das espécies marinhas.

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