O cientista responsável pela criação dos primeiros bebês geneticamente editados do mundo está enfrentando sérias repercussões.

No final do ano passado, foi noticiado que uma mulher soropositiva na China tinha dado à luz duas bebés que tinham sido submetidas a edição genética, num esforço para impedir que contrariem a doença.

A equipe responsável, liderada por He Jiankui, da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, em Shenzhen, tentou desativar o gene CCR5, responsável pela produção de uma determinada proteína à qual o HIV se liga quando infecta alguém.

Voluntários foram encontrados para o experimento oferecendo aos casais HIV-positivos tratamento de fertilização in vitro livre em troca de participação no que foi descrito como um “programa de desenvolvimento de vacinas contra a AIDS”.

Agora, entretanto, surgiu que o Dr. He, que recebeu ampla condenação da comunidade científica por realizar o procedimento, está atualmente sob prisão domiciliar.

Tanto ele quanto sua esposa foram encontrados na varanda de uma pousada universitária em Shenzhen, na China, onde acredita-se que eles estejam sendo vigiados por “uma dúzia de homens não identificados”.

“Há uma investigação oficial liderada pelos ministérios da ciência e da saúde”, disse o professor Robin Lovell-Badge, do Instituto Francis Crick, em Londres.

“Muitas pessoas provavelmente perderão seus empregos, ele não foi o único envolvido nisso, obviamente. Então, como ele conseguiu que eles fizessem todo esse trabalho?”

“Muitas pessoas perderam a cabeça por corrupção.”

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