Cientistas desenvolveram, pela primeira vez, células-tronco de morcegos em laboratório, com o objetivo de estudar como esses animais são capazes de abrigar vírus mortais sem sofrer efeitos colaterais.

Os pesquisadores esperam que a descoberta possa levar a novas terapias para doenças infecciosas, como a COVID-19.

Morcegos são conhecidos por serem hospedeiros de vários vírus letais, incluindo o Ebola, o coronavírus e o vírus da raiva.

No entanto, eles são capazes de abrigar esses vírus sem sofrerem sintomas graves ou morte, o que tem intrigado os cientistas há anos.

Os pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, coletaram amostras de tecido de morcegos frugívoros e, pela primeira vez, conseguiram cultivar células-tronco a partir desses tecidos.

As células-tronco de morcego foram então manipuladas em laboratório para se tornarem células imunitárias especializadas, que são capazes de combater infecções virais.

Os cientistas agora planejam usar as células-tronco de morcego para estudar como os animais são capazes de combater os vírus sem sofrerem danos.

Eles acreditam que a pesquisa pode levar a novas terapias para doenças infecciosas, incluindo a COVID-19.

Os morcegos são particularmente interessantes para os cientistas porque eles são capazes de voar, o que requer uma grande quantidade de energia e pode levar a danos no DNA.

No entanto, os morcegos são capazes de reparar rapidamente o DNA danificado, o que pode ser uma chave para a sua imunidade a vírus.

Os pesquisadores esperam que o estudo possa levar a novas terapias que imitem a imunidade de morcegos, ajudando a prevenir ou tratar doenças infecciosas em humanos.

Por exemplo, os cientistas poderiam desenvolver vacinas que imitam as respostas imunológicas dos morcegos a vírus, ou drogas que imitam os mecanismos de reparação de DNA dos animais.

No entanto, os cientistas alertam que ainda há muito a ser aprendido sobre a imunidade de morcegos, e que a pesquisa é apenas o começo de um longo caminho.

Ainda assim, a descoberta é uma importante etapa na compreensão da biologia dos morcegos e na busca por novas terapias para doenças infecciosas.

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