Você já se esqueceu do nome de alguém que conheceu? Isso é algo comum entre muitas pessoas, mas e se a dificuldade fosse reconhecer o rosto dessa mesma pessoa?

De acordo com um novo estudo da Universidade de Harvard, até 5,42% das pessoas sofrem com a “prosopagnosia”, ou cegueira facial, um distúrbio que as impede de reconhecer rostos que já viram antes, incluindo os de amigos e familiares.

Além disso, pode ser difícil para elas se identificar em fotos ou no espelho, ou ainda, sentirem que conhecem pessoas desconhecidas.

Segundo o estudo, pessoas com cegueira facial podem superar o problema, utilizando maneiras alternativas para reconhecer as pessoas, como lembrar-se do modo como elas andam, ou de seu penteado, voz ou roupa.

Acredita-se que a causa do distúrbio seja a anormalidade, danos ou deficiência do giro fusiforme direito – uma dobra no cérebro que parece coordenar a percepção facial e a memória.

A “prosopagnosia” pode ser resultado de acidente vascular cerebral, traumatismo craniano ou algumas doenças neurodegenerativas, mas em alguns casos, ela está presente desde o nascimento.

Parece haver uma predisposição familiar, o que indica a probabilidade de ser o resultado de uma mutação ou deleção genética.

Embora seja comumente citado que entre 2 e 2,5% da população mundial tem algum tipo de cegueira facial, pesquisadores conduziram um novo estudo para encontrar sua verdadeira prevalência, publicado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.

Eles recrutaram 3.341 indivíduos para fazer três diferentes pesquisas on-line, a primeira pedindo que descrevessem suas próprias experiências reconhecendo rostos em suas vidas cotidianas.

As próximas duas pesquisas foram testes objetivos que avaliaram a capacidade deles de aprender novos rostos e reconhecer rostos famosos, respectivamente.

Os resultados mostraram que 31 indivíduos tinham uma forma grave de prosopagnosia, enquanto 72 tinham uma forma leve – um total de 3% dos participantes do estudo.

Curiosamente, eles também descobriram que os participantes que conseguiam reconhecer rostos facilmente e aqueles que não conseguiam, não eram claramente distinguíveis.

A maioria deles se encontrava em algum lugar no espectro de gravidade e apresentação, de forma semelhante a outros distúrbios de desenvolvimento, como o autismo e a doença de Alzheimer.

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