Uma corrente literária surgida na Europa no século XVIII o Arcadismo tem seu nome originado da região de Arcádia, na Grécia Antiga, uma região onde os poetas buscavam inspiração.

O Arcadismo também é conhecido por neoclassicismo e por setecentismo. A escolha do nome Arcadismo está relacionada com as características do próprio movimento que busca a exaltação da natureza em sua obra.

Nos poemas árcades se buscava uma poesia de esquemas que produziam ritmo graciosos, ainda que possuísse também um cunho política de rejeição à nobreza e ao clero em seu abuso em relação à burguesia que ocorriam durante o Antigo Regime.

Entre os referenciais teóricos está a figura de Jean-Jacques Rosseau que defendia em sua obra o mito do bom selvagem, que era então corrompido pela sociedade. Em suas obras buscavam expressar este bom selvagem, sem deixar que elementos da sociedade corrompida o atingisse.

Entre as características centrais das obras da corrente Arcadismo está o bucolismo, a idealização da mulher, crítica à vida nas cidades, o convencionalismo amoroso, o inutilla truncat (cortar o inútil nas obras), aurea mediocritas (valorização da mediocridade do saber popular), locus amoenos (lugar agradável), fugere urbem (Fuga da cidade), linguagem simples e pastoralismo. Outro ponto comum entre os poetas do Arcadismo era a utilização de pseudônimos que eram nomes de pastores gregos e romanos.

Foi a partir do Arcadismo que a ideia do Carpe Diem caiu no conhecimento das pessoas, representando a efemeridade da vida.

Os poemas do Arcadismo eram normalmente em versos decassílabos, possuindo rima optativa e uma ligação com a poesia épica grega.

Para os árcades a arte deveria ser uma representação da natureza, sendo que esta representação deveria ser feita tendo por base uma busca pela recuperação da antiguidade clássica. Entre os poetas mais conhecidos do Arcadismo estão Bocage, António Dinis da Cruz e Silva, Correia Garção, Marquesa de Alorna e Francisco José Freire, o Cândido Lusitano.

No Brasil o Arcadismo teve também seu espaço, tendo havido inclusive a fundação da “Arcádia Ultramarina” localizada na Vila Rica. Entre seus principais nomes estão Basílio da Gama, Silva Alvarenga, Cláudio Manuel da Costa, que em si não formavam um grupo mas foram representantes da primeira manifestação literária realmente brasileira.

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