Uma ameba rara e mortal, conhecida como “ameba que come cérebro”, foi encontrada na água não filtrada de um sistema de irrigação em uma casa na Flórida, EUA.
Essa descoberta está potencialmente ligada a um recente caso de infecção cerebral que resultou em morte. O Departamento de Saúde da Flórida está investigando a possível ligação.
A ameba, conhecida como Naegleria fowleri, é um organismo unicelular que pode causar uma infecção rara e fatal do cérebro chamada meningoencefalite amebiana primária (MAP).
A infecção é causada quando a ameba entra no corpo pelo nariz e viaja pelo nervo olfatório até o cérebro, onde começa a destruir o tecido cerebral.
A MAP é extremamente rara, mas quando ocorre, é quase sempre fatal. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA, apenas 34 casos foram relatados nos Estados Unidos de 2010 a 2019.
No entanto, em 2021, houve vários casos em diferentes estados, incluindo um caso que resultou em morte na Flórida.
Os especialistas acreditam que a ameba entra no corpo por meio de água contaminada, geralmente quando alguém nada em água doce ou toma banho com água suja.
No entanto, o caso mais recente na Flórida é diferente, pois a ameba foi encontrada em água não filtrada usada em um sistema de irrigação nasal.
O Departamento de Saúde da Flórida está investigando a possível ligação entre a ameba encontrada na água não filtrada e o caso de infecção cerebral fatal.
Eles alertam que as pessoas devem evitar o uso de água não filtrada em irrigações nasais e devem sempre seguir as instruções dos rótulos dos produtos.
Eles também recomendam que as pessoas evitem mergulhar em água doce ou ficar com a cabeça submersa em água, especialmente em áreas onde a ameba já foi encontrada.
A descoberta da ameba em água não filtrada é preocupante, pois mostra que a ameba pode estar mais disseminada do que se pensava anteriormente.
As autoridades de saúde alertam que é importante tomar precauções para evitar a exposição à ameba, especialmente durante os meses quentes de verão, quando as pessoas estão mais propensas a nadar e tomar banho em água doce.