Um professor de biogerontologia molecular sugeriu que os seres humanos poderiam potencialmente viver muito mais tempo do que vivem atualmente. A busca pela imortalidade tem fascinado a humanidade há milhares de anos, mas, mesmo com os incríveis avanços alcançados pela ciência e medicina nos últimos séculos, nossa espécie ainda é tão suscetível ao processo de envelhecimento quanto nossos antepassados há milhões de anos.
Entretanto, em um futuro não tão distante, avanços na tecnologia médica poderiam oferecer realisticamente a oportunidade de retroceder o relógio e, eventualmente, até mesmo detê-lo completamente.
É aí que entra João Pedro de Magalhães, um professor de biogerontologia molecular do Instituto de Inflamação e Envelhecimento da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.
Ao estudar os genomas de animais longevos, como as baleias-boreal e os ratos-toupeira-pelados, ele determinou que, eliminando o envelhecimento em nível celular, seria possível para os humanos viverem milhares de anos (possivelmente até mesmo 20.000 anos). No entanto, há um porém: tal feito exigiria que os cientistas reprogramassem nossas células, algo que ainda é impossível com a tecnologia atual.
“Na verdade, fiz alguns cálculos anos atrás e descobri que, se pudéssemos ‘curar’ o envelhecimento humano, a expectativa de vida média seria de mais de 1.000 anos”, disse Magalhães à Scientific American. “A expectativa de vida máxima, excluindo acidentes e morte violenta, poderia ser de até 20.000 anos.”
“Pode parecer muito, mas algumas espécies já podem viver centenas de anos e, em alguns casos, milhares de anos.”
Embora a imortalidade humana possa parecer algo saído de um conto de fadas, os avanços científicos estão nos aproximando cada vez mais dessa possibilidade. Fique atento às descobertas e inovações que podem transformar radicalmente nossa compreensão da longevidade humana.