Leonardo da Vinci é um nome que dispensa apresentações, um dos maiores expoentes do Renascimento Italiano, deixou um legado inestimável para a história da arte e ciência.
Porém, o que poucos sabem é que há uma teoria de que a mãe de Leonardo, Caterina di Meo Lippi, teria sido uma escrava italiana emancipada pelo próprio pai do artista, Piero da Vinci.
A descoberta de um documento em que Piero da Vinci emancipa uma escrava chamada Caterina, em novembro de 1452, foi o ponto de partida para essa teoria.
O estudioso Carlo Vecce, professor de literatura italiana, foi quem encontrou o documento e sugeriu que essa Caterina seria a mãe de Leonardo. Além disso, em 2016, o historiador Martin Kemp identificou uma declaração de imposto de 1457 que menciona o filho ilegítimo de Piero da Vinci e Caterina di Meo Lippi, confirmando ainda mais a teoria.
A existência de escravidão na Europa durante o Renascimento é um fato pouco conhecido, mas a descoberta do documento de emancipação de Caterina demonstra que a escravidão era comum mesmo entre a classe média-baixa da sociedade.
Além disso, a adição de uma escrava circassiana, que eram conhecidas por sua beleza, à casa de Piero da Vinci era uma demonstração de status social e econômico.
Embora essa teoria ainda seja objeto de debate entre os historiadores, a possibilidade de que a mãe de Leonardo tenha sido uma escrava é um fato importante a ser considerado na compreensão da vida do artista.
Essa descoberta também ressalta a importância de pesquisas que ampliem o conhecimento sobre a presença da escravidão em períodos históricos menos conhecidos, e destaca a necessidade de se reconhecer e combater as práticas de exploração e opressão ainda existentes no mundo atual.