Uma nova pesquisa sugere que algumas vítimas da praga foram enterradas de bruços para impedir que ressuscitassem dos mortos.
Nos últimos séculos, vários cemitérios em toda a Europa Central foram descobertos exibindo um fenômeno incomum – os corpos foram enterrados com a face para baixo em vez de para cima.
Acredita-se que esta prática foi originalmente concebida para mostrar a humildade da humanidade a Deus, no entanto, quando a Peste Negra devastou a Europa, as crenças e atitudes em relação aos mortos começaram a mudar.
Onde antes os espíritos dos mortos eram considerados uma presença benigna, a praga instilou o medo dos mortos e a crença de que os corpos poderiam ressurgir como zumbis para infectar os vivos.
“Essa transformação em espíritos malignos ocorre por volta do ano 1300 ou 1400”, disse o arqueólogo Matthias Toplak, da Universidade de Tubingen, na Alemanha.
“É lógico que as pessoas culpem os espíritos sobrenaturais e tomem medidas para evitar que os mortos voltem.”
A prática foi observada na Alemanha, Suíça e Áustria desde o século 17 – sugerindo que tais temores perduraram por séculos depois que a peste atingiu o seu auge.
O exemplo mais antigo conhecido, em contraste, data de mais de 900 anos.