Uma empresa de resgate subaquática está buscando permissão legal para recuperar objetos de dentro dos destroços.
Situado a 13.000 pés abaixo da superfície do Atlântico, os destroços do Titanic foram descobertos em 1985 e desde então serviram como um lembrete humilhante do desastre que matou mais de 1.500 vidas.
Dado que muitas pessoas morreram quando a embarcação afundou, há muito tempo que o acesso aos destroços é limitado, no interesse de respeitar as vítimas e suas famílias.
Mesmo assim, algumas empresas têm se empenhado em se aventurar no fundo do mar, na tentativa de recuperar artefatos valiosos da embarcação e do campo de detritos ao seu redor.
Agora, uma empresa – a RMS Titanic, Inc. – está buscando permissão para recuperar a Marconi Wireless Telegraph Machine que foi usada para enviar as chamadas de socorro do navio durante suas horas finais.
A empresa, que já havia recuperado talheres, porcelana e moedas de ouro dos destroços, precisará realizar a operação antes que o teto da sala desmorone e o dispositivo se perca para sempre.
“É um desses artefatos icônicos, como as chamas de sinalização (que o navio afundou)”, disse o oceanógrafo David Gallo ao tribunal durante uma audiência recente sobre a questão de obter permissão.
Não constituiria ‘roubo grave’, argumentou, porque honraria os passageiros e proporcionaria uma maneira de conectar as pessoas ao legado da embarcação.
A recuperação de itens do interior do navio é uma prática que há muito tempo encontra resistência da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, que representa interesse público no local dos destroços.
Atualmente, não é permitido fazer furos ou levar itens diretamente de dentro do naufrágio.
Se o juiz decidirá fazer uma exceção neste caso, no entanto, resta saber.